Boa
tarde!
Hoje falaremos do texto 14, a
continuação do texto passado. Nessa parte a autora descreve o método utilizado
em seu trabalho e nos fornece dados interessantes a respeito do uso de drogas.
Foram feitas entrevistas com 15 participantes e foi encontrado um dado
importante. Os relatos das entrevistas revelaram que o caminho da droga começa
pela maconha e para mim faz muito sentido. Pare para pensar, com certeza você
conhece alguém que fuma maconha e muito provavelmente foi essa a primeira droga
que tal pessoa experimentou e também pode não ser a última.
Muitos começam pela maconha ainda
jovens. A autora mostra gráficos que nos trazem dados de início do uso da droga
entre 13 e 15 anos, ou seja, quase crianças na minha opinião. Não sei se estou
certo, mas considero que essa entrada precoce no mundo da droga se dá pelo fato
de isso ter virado uma espécie de “moda” hoje em dia. Pare para pensar, muitos
desses jovens acham muito legal usar maconha e querem ser vistos como pessoas
que fumam, como se fossem diferentes, melhores que os outros por terem entrado
nesse mundo. Não julgo a respeito a respeito disso pelo fato de conhecer
pessoas que estão nessa situação, só acho que se a pessoa tiver um autocontrole
e não fique prejudicada com o uso dá droga, não tem problema usar, porém aí
está o problema, normalmente não existe esse auto controle o que faz com que a
pessoa mergulhe mais fundo nesse mundo venha conhecer a cocaína, por exemplo.
Um dado interessante trazido pela
autora é a sensação que os usuários da cocaína têm ao usar a droga. Sete entre
os 15 participantes falaram que se sentem poderosos. Parando para pensar isso
faz muito sentido porque muitos dos usuários de droga (não apenas cocaína) se
sentem inferiores aos outros, doentes, baixa autoestima e existindo algo que
possa dar uma sensação de poder é perfeito, não que isso justifique a pessoa
entrar nesse mundo.
O texto traz também um estudo de
caso onde um participante é convidado a participar da pesquisa e essa
participação consistia em uma terapia para o participante e uma fonte de dados
para o pesquisador, mas com foco na terapia. O participante foi chamado de “K” e
ficou 9 meses na terapia. Gostei muito dessa parte do texto, pois acho
interessantes os métodos de cuidar do paciente, ninguém merece ficar nessa vida
e todos merecem uma oportunidade de sair. Foi unido o útil ao agradável, o
pesquisador coletou dados e ajudou o participante e o mesmo foi ajudado
fornecendo dados para a pesquisa.
No início, “K” estava um pouco
travado, falava coisas bem diretas e falava pouco, o que dificultava o
tratamento, pois a vontade da pessoa em ser ajudada é essencial na terapia. Com
o tempo “K” foi se soltando e fornecendo mais informações para que o
pesquisador pudesse ajudar. Estava tudo indo bem, mas o participante conheceu o
“G” e aí que entra um fator muito importante, o contexto. “K” normalmente usava
cocaína depois do trabalho, ia para um bar com os amigos e depois utilizava a
droga. É aí que surge de novo essa situação, “G” leva “K” para um bar e ele se
vê diante daquela situação na qual utilizava a droga e acaba caindo na
tentação.
A maior preocupação do pesquisador
era em não perder “K” para o mundo das drogas novamente e isso não aconteceu, o
“K” voltou para a terapia e buscou se reerguer novamente. Mais uma vez eu
repito que devemos voltar nosso foco para o tratamento dessas pessoas, pois
ninguém merece ficar nessa situação. Por hoje é isso, até a próxima!
Inspirado em Almeida, A.M.C. (2008) Complexidade
de associações de estímulos condicionais de occasion setting do contexto do uso
de droga com abstinentes de cocaína: uma interface entre o laboratório e a
clínica. Universidade de São Paulo: tese de doutorado. (textos 13 e 14).
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