domingo, 10 de maio de 2015


Boa tarde!
Hoje falaremos sobre o texto 11, um experimento de Stanley Milgram, um professor-assistente de psicologia. Essa leitura é muito, muito interessante, a melhor até agora. Nesse texto, Milgram busca explicar a obediência com o plano de fundo do nazismo, querendo saber porque as pessoas obedeciam aos oficiais do exército nazista e faziam aquelas atrocidades, porém isso foi apenas um pretexto para o experimento, na verdade ele quis saber o contexto da obediência na educação.
 
Experimento de Milgram
Primeiramente, Stanley realizou o estudo na universidade de Yale, porém foi criticado pelo fato do experimento ter sido feito em estudantes, logo eles vão obedecer mais (depois da leitura você irá entender) então ele fez fora da universidade. Você deve estar se perguntando, o que foi isso que Milgram realizou? Vamos lá, o experimento consistiu em dar choques nas pessoas. Milgram criou uma situação na qual tinha um pesquisador, o qual realizava tudo, um professor, o qual daria choque nas pessoas e o aluno, o qual levava os choques. Primeiro o pesquisador fez um sorteio para ver quem seria o professor e quem seria o aluno. Depois disso eles iriam para uma sala onde havia uma cadeira elétrica, a qual o aluno sentaria e levaria os choques aplicados pelo professor. O professor falava uma sequência de palavras e o aluno deveria repetir, caso errasse levaria um choque e a cada erro a intensidade desse choque aumentava. A cada erro o sofrimento do aluno aumentava e o pesquisador falava para o professor continuar, independente do sofrimento da outra pessoa. Agora imagine você na situação do professor, sabendo que os choques poderiam chegar uma voltagem assustadoramente alta caso o aluno continuasse errando, você obedeceria ao pesquisador até o fim?
Está aí a questão do estudou, Milgram queria entender porque as pessoas obedeciam. Ele classificou os objetos de estudo em duas categorias: os desafiadores, que não obedeciam ao pesquisador e os obedientes, que obedeciam a tudo. Stanley escondeu um pequeno detalhe dos participantes, na verdade o aluno era um ator e o pesquisador também, nada daquilo era real, apenas para você, o professor.
Uma questão me chamou bastante atenção, você possui seus valores, suas crenças, sua personalidade, coisas que variam de pessoa para pessoa, e seria capaz de fazer tanto mal a uma pessoa assim? (Na teoria você fez mal para o aluno) isso levanta um ponto, a lacuna entre o que você julga ser você mesmo e o que você realmente faz. Será que você vai levar em consideração todos os aspectos que eu citei acima em diferentes situações da sua vida? Pessoas boas realizaram esse experimento e nem todas foram desafiadoras, houveram obedientes também. Acho que essa é uma questão muito boa para reflexão, pensem a respeito.
No final do texto, Milgram foi duramente criticado e uma crítica que bagunçou minha cabeça. Será que esse experimento tratou mesmo da obediência? Mas não pode ser confiança? O pesquisador estava ali falando para você continuar, logo você pensa: se ele está falando para continuar é porque eu posso continuar, se ele está falando isso é porque não vai acontecer nada de ruim com o aluno, logo você confia no pesquisador. O experimento deixou essa dúvida, será mesmo a obediência o foco?
E hoje em dia, será que as pessoas realizariam esse estudo? Milgram o fez em 1960, de lá para cá muita coisa mudou. Se sim, você seria um desafiador ou um obediente? Segue um vídeo perfeito para vocês entenderem o que foi esse experimento:

Inspirado em Slater, L. (2004) Mente e Cérebro. Rio de Janeiro: Ediouro (textos 7 e 11)

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