Boa tarde!
Hoje falaremos do texto 15. Imagine você em uma situação
de uma guerra, estilo aquelas de filme, onde vários jovens são recrutados para o
exército com o propósito de defender seu país, nem que isso custe a sua vida. Imaginou?
Sei que é difícil pensar em uma coisa assim, pois afinal são muitas variáveis
envolvidas. Eu admito que só penso numa situação assim se for bem distante da
realidade, num mundo irreal dentro da minha cabeça, do mesmo jeito que acontece
naqueles filmes americanos.

Durante uma batalha ele foi atingido na cabeça, tendo
assim uma lesão grave no cérebro. Tal lesão trouxe um vazio enorme para a vida
dele. Imagine você com dificuldades de pensar, isso mesmo, pensar, um ato que é
tão simples para nós. Uma lesão é fatal, porém trata-se de uma fatalidade um
pouco diferente. Ela pode te matar de um jeito diferente. Nosso autor era uma
pessoa como nós e depois da lesão ele se tornou ninguém, não lembrava de nada,
não conseguia perceber nada, tinha enorme dificuldades de lembrar de palavras,
seus significados, ele não sabia mais ler.
E agora? Ele tem que voltar a realidade, ao nosso mundo.
Não conseguir identificar objetos, associar palavras a eles, tudo o que você
pode pensar que é muito simples ele não conseguia fazer. Um dos principais
danos causados foi a falta de percepção, você não conseguir identificar onde
está sua perna, seu braço, o que é direta ou esquerda, conseguir ter noção de
distância, nada, além de perder a visão do lado direito. Os sentidos foram
diretamente afetados e considero esse o principal dano, pelo fato deles serem
nosso elo de ligação com o mundo externo. Lembro do texto que falava do tato
(uma postagem antiga), o tanto que a privação desse sentido poderia causar até
alucinações no paciente do experimento.
Não podemos esquecer o fato causador disso tudo, a
guerra, o quanto que ela pode destruir a vida de uma pessoa. Por mais que
pensemos em tudo, é muito difícil imaginar a dimensão dos danos que esse fato
pode causar. Semana que vem falarei um pouco mais sobre as consequências disso,
até a próxima!
Inspirado em Luria, A.R. (2008) O homem com um mundo estilhaçado. Rio de Janeiro:
Vozes. (Texto 15)
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