domingo, 14 de junho de 2015

Boa tarde!
            Hoje falaremos da segunda parte do texto 15. Essa parte traz partes mais técnicas do fato ocorrido, citando exatamente o que acontece no cérebro do nosso autor. O texto explica aonde ficou alojado o projétil e as consequências que isso trouxe.
            São usados muitos termos técnicos nessa leitura e acho que não cabe citar todos aqui, por isso vou focar no que achei mais interessantes e creio que vocês vão concordar. Ao dar choques elétricos no córtex visual primário do cérebro (os choques são absolutamente indolores) aparecem pontos e círculos brilhantes e traços fulgurantes diante dos olhos da pessoa e se ela levar choques no córtex visual secundário, a pessoa vê padrões complexos ou até objetos completos como árvores balançando, por exemplo. Achei legal porque dá para perceber um pouco de como nosso cérebro é complexo, ao estimular uma parte específica, somos capazes de reagir de um jeito que nem sentimos ou imaginamos.
            Se o projétil atravessar as fibras de radiação óptica e destruir nem que seja partes dela, vai ocorrer pontos de cegueira e toda uma parte do campo visual se desintegra. Isso acontece com nosso autor, a visão do lado direito fica totalmente perdida e do lado esquerdo fica muito comprometida. O texto nos mostra uma imagem de como ele enxergava antes e depois da guerra, antes era tudo nítido, claro, depois o lado direito ficou completamente borrado e o lado esquerdo distorcido. Tem uma parte que até achei um pouco engraçada, apesar de não poder rir disso, que é quando ele está andando e bate a testa na parede por ela estar do lado direito dele e a percepção dele ter sido totalmente afetada. É engraçado porque é uma coisa tão simples para nós e fica tão complexa para ele. Uma noção de distância fica comprometida, ele não sabe se está perto ou longe, se vai bater em algum lugar ou vai dar para passar.
            Já pensou não conseguir se comunicar? O texto traz um ponto interessante, a complexidade da comunicação. Já parou para pensar como o que eu falo chega até você e você entende perfeitamente? Isso é um processo complexo em nosso cérebro e ficou muito complexo para nosso sobrevivente da guerra também. Ele tinha extrema dificuldade de se comunicar e isso é mais uma coisa que é muito simples para nós.
            Uma coisa ficou intacta e foi essencial para a sobrevivência de nosso guerreiro. O terceiro bloco do cérebro, este tem a função de sustentar intenções, planejar ações e executá-las. Graças a isso, ele foi capaz de identificar que estava tendo dificuldade para lidar com o mundo e lutar contra isso. Foi essa vontade de o fez permanecer de pé e lutar contra o que ocorreu. Como foi dito em sala, a pessoa não precisa ter uma bala na cabeça para ser afetada pela guerra, reflitam sobre isso. Até a próxima! 
Inspirado em Luria, A.R. (2008) O homem com um mundo estilhaçado. Rio de Janeiro: Vozes. (texto 15)

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