Boa
tarde!
Hoje falaremos da segunda parte do
texto 15. Essa parte traz partes mais técnicas do fato ocorrido, citando
exatamente o que acontece no cérebro do nosso autor. O texto explica aonde
ficou alojado o projétil e as consequências que isso trouxe.
São usados muitos termos técnicos
nessa leitura e acho que não cabe citar todos aqui, por isso vou focar no que
achei mais interessantes e creio que vocês vão concordar. Ao dar choques
elétricos no córtex visual primário do cérebro (os choques são absolutamente indolores)
aparecem pontos e círculos brilhantes e traços fulgurantes diante dos olhos da
pessoa e se ela levar choques no córtex visual secundário, a pessoa vê padrões complexos
ou até objetos completos como árvores balançando, por exemplo. Achei legal
porque dá para perceber um pouco de como nosso cérebro é complexo, ao estimular
uma parte específica, somos capazes de reagir de um jeito que nem sentimos ou
imaginamos.
Se o projétil atravessar as fibras
de radiação óptica e destruir nem que seja partes dela, vai ocorrer pontos de
cegueira e toda uma parte do campo visual se desintegra. Isso acontece com
nosso autor, a visão do lado direito fica totalmente perdida e do lado esquerdo
fica muito comprometida. O texto nos mostra uma imagem de como ele enxergava antes
e depois da guerra, antes era tudo nítido, claro, depois o lado direito ficou
completamente borrado e o lado esquerdo distorcido. Tem uma parte que até achei
um pouco engraçada, apesar de não poder rir disso, que é quando ele está
andando e bate a testa na parede por ela estar do lado direito dele e a
percepção dele ter sido totalmente afetada. É engraçado porque é uma coisa tão
simples para nós e fica tão complexa para ele. Uma noção de distância fica
comprometida, ele não sabe se está perto ou longe, se vai bater em algum lugar
ou vai dar para passar.
Já pensou não conseguir se
comunicar? O texto traz um ponto interessante, a complexidade da comunicação.
Já parou para pensar como o que eu falo chega até você e você entende
perfeitamente? Isso é um processo complexo em nosso cérebro e ficou muito
complexo para nosso sobrevivente da guerra também. Ele tinha extrema
dificuldade de se comunicar e isso é mais uma coisa que é muito simples para
nós.
Uma coisa ficou intacta
e foi essencial para a sobrevivência de nosso guerreiro. O terceiro bloco do
cérebro, este tem a função de sustentar intenções, planejar ações e
executá-las. Graças a isso, ele foi capaz de identificar que estava tendo
dificuldade para lidar com o mundo e lutar contra isso. Foi essa vontade de o
fez permanecer de pé e lutar contra o que ocorreu. Como foi dito em sala, a
pessoa não precisa ter uma bala na cabeça para ser afetada pela guerra,
reflitam sobre isso. Até a próxima!
Inspirado em Luria, A.R. (2008) O homem com um mundo estilhaçado. Rio de Janeiro:
Vozes. (texto 15)
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