Boa
noite!
No
começo dos anos 70, David Rosenhan realizou um experimento em clínicas de
psiquiatria, foram recrutados 8 amigos para ajudá-lo. Do que tratava esse
experimento? David queria fazer um teste, será que os psiquiatras reconheceriam
os sãos em meio aos insanos? Partindo dessa pergunta, todos foram em clínicas
psiquiatras diferentes com o objetivo de fingir algum problema psiquiatra e
observar se eles seriam descobertos ou internados. Como eles fizeram isso?
Rosenhan passou as instruções a todos e consistiam em um único fato, todos eles
iriam dizer que ouviam um som e tal som dizia “tum” e a partir daí iam
verificar o que aconteceria.
Pelo
que eu já vi, não que tenha visto muita coisa, suspeitei que todos seriam
internados e realmente foram. Todos os psiquiatras diagnosticaram algo, não
necessariamente o mesmo diagnóstico foi identificados em todos, o único
problema é que nenhum dos convocados possuía algo, além do “tum” que na verdade
não era nada. Os nove ficaram internados durante tempos diferentes, alguns
ficaram não muito e outros ficaram bastante até conseguirem mostrar que eram
sãos e ainda foram liberados na condição de que não estavam 100% “curados”.
Robert Spitzer, um psiquiatra, tentou defender
a psiquiatria dizendo que não era bem assim que funcionada e criou um novo tipo
de “manual” que os psiquiatras utilizavam, era chamado de DSM e funcionava como
um guia onde constava vários sintomas de doenças e seguindo isso, os médicos
identificavam o problema do paciente. Na época, o DSM II era utilizado, então
Spitzer cria o DSM III mudando tudo e deixando-o muito mais completo, com o
intuito de defender a psiquiatria que foi colocada em xeque com o experimento
de Rosenhan.

Isso
me faz refletir um pouco. Já parou pra pensar no tanto que uma internação
equivocada como as do experimento podem fazer mal para alguém? Nossa mente é
frágil, se formos submetidos as mesmas coisas que Rosenhan e seus companheiros
foram, poucos conseguem sair do mesmo jeito que entraram, sem nenhum efeito pós
internação. E o jeito que os pacientes são tratados? No próprio experimento é
relatado o descaso com eles, parecem ser invisíveis ali dentro.
Outro
ponto também me chamou a atenção que está ligado ao do parágrafo acima, que foi
o fato do foco estar voltado a teoria e não a pessoa. Rogers, no texto 2 mostra
sua teoria voltada a pessoa, ele não classifica os tipos de suicidas e sim os
trata de forma igual. Acho que faltou isso na psiquiatria, posso estar errado,
mas os médicos pouco se preocuparam com os “pacientes” e somente seguiam aquele
manual que era o DSM e pronto, tanto que os próprios doentes internados
perceberam que Rosenhan e seus companheiros eram sãos. Os internados sim
prestaram atenção e perceberam que eles não tinham nada, porém essa
responsabilidade é do médico, uma internação assim por trazer consequências
irreversíveis na mente de uma pessoa. Quero deixar esse aspecto no meu texto,
acho que falta essa preocupação com as pessoas em sim e isso é essencial para
nós, seres humanos, vale a pena observar um pouco e analisar se estamos no
caminho certo. É isso ai galera, até a próxima! Para quem quer saber um pouco
mais, estou colocando uma reportagem que achei no site do G1 sobre diagnósticos
errados:
Inspirado
em Slater, L.(2004) Mente e Cérebro. Rio de
Janeiro: Ediouro (textos 7 e 11)
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