domingo, 12 de abril de 2015

Boa noite!
Isabela Fraga em seu texto vêm desmistificar aspectos que envolvem a hipnose e nos explicar um pouco como funciona essa técnica fantástica. Muitos se perguntam uma coisa, o que significa hipnose? Célia Cortez traz um conceito: “um estado de alta concentração mental, no qual a percepção das sensações sofre alterações em níveis variados, sem que o indivíduo perca a consciência do aqui e agora.” Em outras palavras, ela não se trata de um indivíduo simplesmente balançar um relógio e você começar a fazer tudo que ele manda, a hipnose altera as percepções, mas não tira a consciência da pessoa.
            A autora também apresenta diferentes níveis de profundidade da hipnose e tais níveis são relativos de pessoa para pessoa, ou seja, nem todos são capazes de alcançar os níveis mais profundos. São cinco estágios, hipnoidal: as pálpebras pesam e a respiração fica lenta, leve: o corpo fica mais relaxado, médio: dependendo do profissional a pessoa pode deixar de sentir certas sensações, profundo: a potencialidade do terceiro estágio fica mais aguçada, sonambúlico: aparecem alucinações e amnésia.
Engana-se quem acha que essa técnica serve apenas para shows, com o intuito de encantar o público. O texto de Isabela mostra que a hipnose pode ser usada como uma forma de tratamento psicológico e algumas vezes até ser usada no lugar de uma anestesia.
O texto 6, do autor Maurício da Silva também mostra esse lado abordado por Isabela. Ele traz um exemplo e algumas técnicas de hipnose. Ele conta a história de Suzana que sofria de fibromialgia e tendinite e conseguiu diminuir 90% da sua dor com algumas técnicas hipnóticas. São elas, acompanhamentos corporais, distorção do tempo e metáforas. Vou explicar pra vocês as que eu achei mais interessante, que são distorção do tempo e metáfora. Na primeira a Suzana se sentia presa no tempo e narrando a vida cotidiana dela de uma forma diferente ela perdeu essa sensação. A segunda é a metáfora, onde o hipnotizador conta uma história metafórica e faz com que o sujeito crie associações com a sua realidade.
            Agora vou contar um pouco da história da Suzana que me chamou bastante atenção por fazer me lembrar da minha mãe. No começo do tratamento das doenças, ela foi muito resistente pelo fato dos médicos passarem vários remédios, mas nenhum parar para escutá-la e só o pesquisador a ouviu. Isso me lembra um pouco do trabalho do CCVV, tema da minha segunda postagem, eles fazem esse trabalho de ouvir as pessoas de forma fantástica e isso não deve ser aplicado somente ao suicídio, mas em qualquer situação. O tratamento hipnótico reduziu em 90% as dores de Suzana e acho que muito deve-se ao fato do pesquisador ter escutado toda a história dela, suas vitórias, derrotas, alegrias e sofrimentos.
          Atualmente minha mãe passa por uma situação semelhante a de Suzana, com as mesmas doenças e até hoje ninguém parou para escutá-la também e acho que isso faria total diferença nas dores dela. Acredito que a hipnose fez muita diferença na vida de Suzana, mas acredito ainda mais que a nossa mente é capaz de superar nossas dificuldades, basta acreditar! Para quem deseja mais informações acesse:
Até a próxima! 


Inspirado em Fraga, I. (2010) hipnose fora do palco, Ciência Hoje, 276, 20-27 (texto 5) e Neubern, M. S. (2009) Hipnose e dor: proposta de metodologia clínica e qualitativa de estudo. PsicoUSF, 14, 201-209. (texto 6). 

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